A cada semana, você confere destaques do esporte que foram ao ar no programa Galera do Esporte, apresentado por Daniel Gomes todo o domingo das 19h às 21h na rádio comunitária Cantareira FM 87,5 e também em www.radiocantareira.org Informações esportivas podem ser enviadas para galeradoesporte@hotmail.com







terça-feira, 28 de agosto de 2012

Brasil estará entre os melhores na paralimpíada de Londres

Começa na quarta-feira, 29 de agosto e segue até 9 de setembro, a 14ª edição dos jogos paralímpicos, neste ano em Londres. A capital britânica acolherá 4.200 atletas, de 165 países, e a expectativa é que a edição ultrapasse o sucesso alcançado em Pequim 2008, quando foram quebrados 279 recordes mundiais.
 
Oficialmente, a primeira edição dos jogos paralímpicos aconteceu em Roma 1960, mas já em 1948, na Grã-Bretanha, houve o início das competições voltadas para pessoas com deficiência, quando o neurologista Ludwig Guttmann usou do esporte no Centro Nacional de Lesionados Medulares para tratar de soldados britânicos. Na 2ª Guerra Mundial, muitos soldados britânicos perderam membros do corpo ou a capacidade de audição e visão.
 
Nos jogos de Stoke Mandeville de 1948, 16 veteranos de guerra participaram das disputas. O sucesso da competição fez com que portadores de deficiência de outras nações praticassem esportes, o que permitiu que em 1952 acontecesse os Jogos Internacionais de Mandeville, com 130 esportistas ingleses e holandeses. Finalmente, em 1960, houve a primeira Olimpíada dos Portadores de Deficiência, a atual paralímpiada, que reuniu 400 atletas de 23 países, todos cadeirantes.
 
De Roma em diante, os jogos passaram a ser disputados ininterruptamente de quatro em quatro anos. Desembarcaram em Tóquio em 1964, Tel Aviv em 1968 (quando a olimpíada foi na Cidade do México), Heidelberg em 1972 (quando os jogos olímpicos aconteceram em Munique), Toronto, em 1976 (durante a olimpíada em Montreal), e Arhem, em 1980 (ano da olimpíada em Moscou).
 
Em 1984, os jogos paralímpicos aconteceram em Stoke Mandeville e em Nova York, e nos demais anos foram realizados mesma cidade da olimpíada: Seul 88, Barcelona 92, Atlanta 96, Sydney 2000, Atenas 2004, Pequim 2008 e agora em Londres. Na história das Paralimpíadas, 101 países já conquistaram medalhas, com destaques para os Estados Unidos, com 1742 pódios, seguidos pela Grã-Bretanha com 1324 medalhas.

Brasil nos jogos paralímpicos
 
Em sete edições anteriores, o Brasil já enviou delegações para os jogos paralímpicos. Até o começo de Londres 2012, o país contabilizava 117 medalhas, sendo 30 de ouro, 41 de prata e 46 de bronze.
 
Na Paralímpiada de Londres, o Brasil vai ter ao menos um representante em 18 das 20 modalidades em disputa. A delegação que conta com 182 atletas, sendo 115 homens e 67 mulheres, atuará coletivamente no basquete em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball e vôlei sentado.
 
Vai ter atleta brasileiro também no atletismo, bocha, ciclismo, esgrima em cadeira de rodas, halterofilismo, judô, natação, remo, tênis em cadeira de rodas, tênis de mesa, vela adaptada e tiro esportivo e hipismo. A bandeira verde amarela só não será vista no tiro com arco e no rugby em cadeira de rodas.

Meta palpável do sétimo lugar no quadro de medalhas
 
A meta do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) é ambiciosa: alcançar o sétimo lugar no quadro de medalhas em Londres e chegar ao quinto posto na Paralimpíada Rio 2016. Condições técnicas para isso existem.
 
Prova disso foi o primeiro lugar no quadro de medalhas no Parapan de Guadalaraja, em 2011, com 197 medalhas, sendo 81 recebidas no lugar mais alto do pódio, 30 ouros a mais que os Estados Unidos. Some-se a isso, o retrospecto de 47 medalhas na Paralimpíada de Pequim 2008, 16 das quais douradas, que renderam ao Brasil o nono lugar no ranking de medalhistas, com três ouros a menos que o Canadá, sétimo colocado.

No atual ciclo olímpico não faltaram investimentos de governos municipais e estaduais, e do federal no paradesporto. Em 2011, o Ministério do Esporte repassou ao CPB, R$ 19,4 milhões para o desenvolvimento do paradesporto no país. No mesmo ano, a Prefeitura carioca criou o Time Rio e o governo do Estado de São Paulo tirou do papel o Time São Paulo, oferecendo melhores estruturas para treinamentos e competições dos paradesportistas.
 
No comparativo com o ciclo de Pequim 2008, os investimentos do CPB saltaram de R$ 77 milhões para R$ 165 milhões, contando, além das verbas governamentais, com recursos de empresas parceiras como a Caixa Econômica Federal e a Infraero.
 
As esperanças de ouro em Londres
 
Os investimentos e boa capacidade técnica têm feito alguns paradesportistas brasileiros ganharem projeção no cenário internacional e há promissora perspectiva de bons resultados em Londres.
 
Nos esportes coletivos espera-se ouro das seleções masculinas de vôlei sentado, goalboll e futebol de 5, campeãs no Parapan de Guadalaraja, sendo que os futebolistas brasileiros foram ouro também na paralimpíada de Pequim.
 
A natação brasileira também vai para Londres com esperanças de ao menos repetir a fantástica campanha de Pequim, quando nossos nadadores subiram ao pódio por 19 vezes. Um deles, aliás, é a maior estrela do paradesporto mundial atualmente: Daniel Dias, campeão mundial em diversas categorias, faturou quatro ouros em Pequim e simplesmente 11 ouros no Parapan de Guadalaraja.
 
No judô, as maiores esperanças do país estão com Karla Ferreira, medalhista de ouro no Parapan de Guadalaraja, além de Daniele Bernardes, Magno Marques, Antônio Tenório e Willians Silva, prata na mesma competição.
 
No atletismo, Terezinha Guilhermina chega a Londres com credenciais para colocar seu nome na história. Deficiente visual, Terezinha vai disputar os 100, 200 e 400 metros rasos da categoria T11. Ela é a recordista mundial nos 200 e 400 metros.
 
Outro corredor brasileiro que merece destaque é Lucas Prado, que na paralimpíada de Pequim, faturou três medalhas de douradas, feito só igualado na oportunidade pelo sulafricano Oscar Pistorius. Aos 27 anos, Lucas que já teve passagens pelo goalball e futebol de 5, possui cinco medalhas parapanamericanas, três no Rio de Janeiro e duas em Guadalaraja, e foi campeão mundial dos 400 metros rasos em 2011.
 
Agora resta torcer. A princípio, o que de melhor poderia ser feito neste ciclo olímpico foi cumprido. O sétimo lugar no quadro de medalhas em Londres para o paradesporto brasileiro não é utopia, é uma projeção real alicerçada em um detalhado e competente planejamento.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Longo e dispendioso caminho ao Top 10 olímpico

O Brasil despediu-se dos jogos olímpicos de Londres 2012 com a melhor campanha de sua história, em quantidade de conquistas: foram 17 medalhas, sendo três ouros, cinco pratas e nove bronzes, duas conquistas a mais que as melhores campanhas até então: Atlanta 1996 e Pequim 2008, quando o país subiu 15 vezes ao pódio. No entanto, se consideradas apenas as conquistas de ouro, o Brasil nunca foi tão bem como em Atenas 2004, quando obteve cinco ouros.

As 17 medalhas do país em Londres superaram a expectativa do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que projetava 16 conquistas, mas ficaram aquém do que esperava o Ministério do Esporte, em especial o ministro Aldo Rebelo, que antes dos jogos aguardava 20 pódios do chamado Time Brasil, o agrupado de representantes brasileiros – 259 inscritos, dos quais 257 competiram.

“A nossa análise decorria da ideia de que o nosso desempenho em Londres teria a interferência dos recursos que foram aplicados de Pequim para Londres e teriam resultado, mas a nossa tarefa é olhar para o futuro. Vamos analisar as nossas deficiências, não só as do governo, mas a dos demais agentes que participam do esforço, e olhar com uma perspectiva otimista para o futuro e olhar para o Rio como um desafio a ser abraçado", comentou Aldo Rebelo, ainda em Londres.

Já Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB, manifestou opinião diferente. “O COB veio para Londres com uma expectativa realista, que era conquistar um número de medalhas próximo ao que foi obtido em Pequim. O resultado final foi dentro do esperado e está de acordo com o planejamento do COB para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Temos o desafio de colocar o Brasil entre os Top Ten e já estamos trabalhando para isso”, afirmou. 

O caminho para chegar aos 10 mais das olimpíadas

Figurar entre os dez primeiros colocados no quadro de medalhas em 2016 não será tarefa fácil para o Time Brasil. Basicamente há duas alternativas, que se mescladas podem dar certo: deixar de perder finais e aumentar investimentos para ampliar a quantidade de medalhas conquistadas.

Em Londres 2012, entre os dez primeiros colocados, a Hungria, que terminou em nono lugar, conseguiu o mesmo número de medalhas do Brasil, 17, com a diferença de que deste total oito foram de ouro, já o Brasil teve três medalhas douradas (Sarah Menezes, judô; Arthur Zanetti, ginástica artística; e seleção feminina de vôlei). Hipoteticamente, se as cinco medalhas de prata do país virassem ouro, o Time Brasil chegaria entre os 10 primeiros no quadro.

Mas essa mudança seria improvável. Das cinco pratas, as dos homens no vôlei, futebol e vôlei de praia (Alison e Emanuel) foram inesperadas negativamente, pois o Brasil era favorito nas finais. Se todas fossem conquistadas ou duas dessas três, o Brasil terminaria os jogos no 15° lugar. Se além dessas, Esquiva Falcão não tivesse perdido a final do boxe por apenas um ponto, o Brasil chegaria, hipoteticamente, a sete ouros, ocupando o 12° lugar no quadro de medalhas. Restaria a alternativa do improvável: que Tiago Pereira, na natação, fosse ouro nos 400 metros medley, onde a própria conquista da prata foi uma surpresa positiva; ou que César Cielo confirmasse o favoritismo e ficasse com o ouro ao invés do bronze nos 50 metros livre.

Aumentar a quantidade e a diversidade de medalhas

Como diriam os mais tradicionalistas, o “se não entra em campo”, então o caminho mais realista é o país trabalhar para ampliar a quantidade de medalhas conquistadas e, se possível, a diversidade também, pois das 28 modalidades que o Brasil participou em Londres, apenas em oito trouxe medalhas: judô, vôlei (indoor e praia), natação, vela, boxe, futebol, pentatlo moderno e ginástica artística.

De acordo com o COB, a meta para 2016 é justamente aumentar o número de medalhas nas modalidades em que o Brasil já tem tradição, conquistar medalhas em modalidades em que ainda não subiu ao pódio e dar mais atenção às modalidades individuais, que distribuem mais medalhas. Essa última estratégia foi adotada em Londres 2012, e deu certo, por quatro países de modo especial: Hungria (9°), que apostou nas provas de canoagem, Cazaquistão (12°), Irã (17°) e Coréia do Norte (20°), que se especializaram em ouros no levantamento de peso.

“Vamos investir mais nos esportes individuais, porém acreditamos que as conquistas de um país devem acontecer em um número diversificado de modalidades. Além de termos tradição nos esportes coletivos, que continuarão a ter peso importante no nosso planejamento, precisamos ampliar o leque de possibilidades e conquistas. Nossos carros-chefes em 2016 serão o judô e o vôlei, porém é importante desenvolvermos o esporte com um todo, e não apenas uma ou duas modalidades”, comentou, ainda em Londres, Marcus Vinícius Freire, superintendente executivo de esportes do COB.

Apesar de o comitê comemorar as 17 medalhas em Londres, houve clara preocupação com a redução da participação do país em finais em olímpicas: em Pequim, o Brasil esteve em 41 decisões, em Londres, em 36. A relação é óbvia para a maioria das modalidades: só pode ser medalhista quem é finalista.

Também houve desagrados com o desempenho da natação (voltou sem ouro) e do taekwondo (só levou dois atletas e alcançou uma semifinal com Diogo Silva) e com as decepcionantes representações do atletismo (pela primeira vez, desde Barcelona 1992 ficou sem medalha), basquete feminino (não passou da primeira fase), futebol feminino (pela primeira vez não chegou às semifinais) e ginástica artística feminina (pela primeira vez, desde Sydney 2000, fora das finais).

“Vamos nos reunir com as Confederações e analisar a situação desses esportes. Precisamos avançar em modalidades que distribuem muitas medalhas, como natação e atletismo, e recuperar o nível de algumas coletivas, como basquete e futebol feminino. O desafio para 2016 não será somente do COB, mas de todas as confederações”, avaliou Marcus Vinícius.

Ampliação de investimentos

Entre o ciclo olímpico de Pequim 2008 e o de Londres 2012, o COB investiu no desporto de alto rendimento R$ 101 milhões a mais de verbas obtidas com base na Lei Agnelo Piva (que repassa ao COB e à Confederação Paralímpica Brasileira 2% da arrecadação bruta das loterias federais). O Time Brasil recebeu, só aplicar no desporto de alto rendimento, R$ 230 milhões para Pequim 2008 e R$ 331 milhões para Londres 2012, crescimento de 44%, que resultou apenas em duas medalhas a mais e uma posição acima da obtida anteriormente. O Brasil saltou de 23° para 22° no quadro de medalhas.

Em valores absolutos, e só considerando o repasse de recursos pela lei Agnelo Piva, cada uma das 15 medalhas brasileiras em Pequim 2008 teve um custo de R$ 15,33 milhões. Em Londres 2012, essa relação custo/medalha foi de R$ 19,47 milhões, dividindo-se o total repassado pelas 17 medalhas obtidas.

Se hipoteticamente o planejamento para Londres 2012 fosse feito a partir do custo de cada medalha em Pequim 2008, o montante de R$ 331 milhões repassado neste ciclo olímpico deveria resultar em 21 ou 22 medalhas na capital britânica, ou seja, de seis a sete a mais do que as 15 conquistadas na cidade asiática.

Ainda no plano de hipóteses, agora com projeções de investimentos para o Rio 2016: se o Brasil tomar como espelho a Itália, que teve 28 conquistas em Londres, sendo o segundo país com menor número de medalhas entre os 10 primeiros colocados no ranking olímpico (o menor entre os top 10, como já citado, foi a Hungria com 17 medalhas) seria preciso que nossos atletas conquistassem 11 medalhas a mais do que em Londres.

Tendo por base a relação custo/medalha do país nos jogos na capital brtiânica (R$ 19,47 milhões), o Brasil precisaria acrescer R$ 214,2 milhões aos R$ 331 milhões que investiu em Londres com recursos da lei Agnelo Piva, na prática, o montante total superaria os R$ 545 milhões de repasse durante o ciclo olímpico Rio 2016.

De acordo com o Ministério do Esporte, o governo vai anunciar nas próximas semanas um plano de investimento no esporte olímpico, que deverá ampliar o volume de recursos que foram disponibilizados na preparação para Londres 2012. O objetivo é aumentar o número de medalhas e fazer o país chegar ao Top 10 olímpico em 2016. O tempo é curto e o caminho é longo e dispendioso...

sábado, 21 de julho de 2012

Cantareira em Ritmo Olímpico: programa especial sobre as olimpíadas estreia quinta-feira

Informações em tempo real dos jogos. Histórias e curiosidades das edições olímpicas já realizadas, aspectos culturais dos países participantes das disputas em Londres, entrevistas com atletas e muita, mas muita mesmo, interatividade com o ouvinte.

Assim será o Cantareira em Ritmo Olímpico, que estreia na próxima quinta-feira, às 9h, na rádio comunitária Cantareira FM 87,5 (www.radiocantareira.org), com apresentação dos jornalistas Daniel Gomes e William Douglas.


Em 2007, os dois formaram dupla para a transmissão off-tube do Pan do Rio 2007, como parte do projeto de conclusão de curso em jornalismo pela Universidade Estadual Paulista. Agora reviverão a emoção de atuarem juntos, dessa vez sem poder narrar os eventos, pois a emissora não detém direitos de transmissão da olimpíada, mas com a expectativa de oferecer uma avalanche de informação, detalhes culturais e resultados dos jogos olímpicos.

O programa vai ao ar e à web de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h, aos sábados, das 6h às 8h, e aos domingos das 19h às 21h, no horário que o "amigo do esporte" já está acostumado a curtir o Galera do Esporte, onde Daniel e William fazem tabelinha desde 2010: Gomes, na apresentação, WD, nas reportagens.

Cantareira em Ritmo Olímpico, imperdível: a partir da próxima quinta-feira, 26 de julho, até 12 de agosto, em www.radiocantareira.org. Interações em galeradoesporte@hotmail.com, cantareirafm@hotmail.com e pelas contas de Facebook William Douglas, Daniel Gomes e Cantareirafm. Tem ainda o telefone do estúdio (11) 3923-2480.

terça-feira, 3 de julho de 2012

259 portadores de sonhos olímpicos

Talvez a lista aumente até 27 de julho, mas é improvável. Em Londres, é quase certo que o Brasil tenha mesmo 259 atletas, ou melhor, 259 portadores de sonhos olímpicos, e que durante este mês e até 12 de agosto farão parte também do momento onírico do todos nós, amantes do esporte brasileiro.

O número de esportistas é menor do que em Pequim 2008, quando 277 atletas representaram o Brasil. Porém, a quantidade de representação de modalidades é a mesma, 32, o que para mim é um claro sinal de que ‘perdemos’ em quantidade, mas aprimoramos nossa qualidade de representação olímpica.

Dos esportes individuais, como quase sempre acontece, atletismo e natação puxam a fila em quantidade de representantes: 36 nas pistas, 20 nas águas. E são nessas modalidades que estão algumas das grandes esperanças de medalhas: nas toucas de César Cielo, Bruno Fratus e Poliana Okimoto e nas sapatilhas de Marilson dos Santos, Rosângela Santos, Maurren Maggi e Fabiana Murer.

Judô e vôlei de praia também devem levar a bandeira brasileira ao pódio, já que é difícil imaginar que Mayra Aguiar, Sarah Menezes, Leandro Guilheiro, Tiago Camilo e Rafael Silva não figurem entre os três melhores judocas de suas categorias, e que Alison/Emanuel e Juliana/Larissa estejam fora do pódio nas areias. Outras apostas de medalhas quase certeiras são na equipe brasileira de saltos do hipismo e em Robert Scheidt/Bruno Prada, na vela.

Entre os esportes coletivos, as seleções de Bernardinho e José Roberto Guimarães não são favoritíssimas ao ouro, mas devem chegar ao menos às semifinais do vôlei. O basquete masculino, reforçado pelos brasileiros da NBA pode surpreender e fisgar prata ou bronze, já o feminino terá feito muito se chegar às semifinais. O handebol feminino, este sim, pode sonhar com medalhas, depois do elevado nível de jogo que demonstrou no mundial em São Paulo no ano passado.

No futebol, Marta é a eterna esperança de que dessa vez o ouro sai para as ‘nossas meninas’, entre os homens, o nome de ouro atende por Neymar: se ele for genial, como sabe ser, ninguém vai parar o Brasil, nem as boas gerações de jovens espanhóis e uruguaios.

Temos ainda uma relação de esportistas que não figuram como favoritos, mas que têm potencial para surpreender: Ana Barbachan/Fernanda Oliveira e Bimba, na vela; Roseli Feitosa e Myke Carvalho, no boxe; Erlon Silva/Ronílson Oliveira, na canoagem; Gregorly Panizo, no ciclismo; Diego Hypólito e a equipe feminina de ginástica artística; Yane Marques, no pentatlo moderno; Fabiana Beltrame/Luana Bartholo, no remo; Fábio Gomes, no atletismo; Diogo Silva e Natália Falavigna, no taekwondo; Ana Luiza Ferrão, no tiro esportivo; Reinaldo Collucci, no triathlon; e Ricardo/Pedro Cunha e Maria Elisa/Talita, as duplas número 2 do Brasil, no vôlei de praia.

Pois bem, misturando meu olhar de jornalista esportivo com uma pitadinha de torcedor, acredito que o Brasil voltará de Londres com 21 medalhas. Não cravo as quantidades de ouro, prata e bronze, até porque penso que quase nunca há grande diferença técnica entre os quatro melhores de um torneio olímpico, em qualquer modalidade: os resultados, a partir de então, são determinados pelo aspecto psicológico e também por uma, assim digamos, ‘sorte de medalhista’. Que esta, esteja ao lado dos brasileiros em Londres!

terça-feira, 17 de abril de 2012

Os sinais da superliga ao vôlei brasileiro

Às vésperas do torneio pré-olímpico de vôlei feminino, que acontece de 9 a 13 de maio na cidade de São Carlos, no interior paulista, confesso estar um tanto quanto preocupado com o futuro da seleção brasileira, comanda por José Roberto Guimarães.

Claro, assim como 99% dos apreciadores de vôlei, tenho a certeza que o Brasil se classificará para Londres, afinal o que podem fazer Argentina, Peru, Colômbia, Uruguai e Chile, contra a seleção campeã em Pequim 2008 e que terá no pré-olímpico o talento de Paula Pequeno, Fernanda Garay, Sassá, Dani Lins, entre outras estrelas do vôlei nacional? Praticamente nada.

O problema será na olimpíada, quando teremos pela frente fortes seleções, entre as quais as norte-americanas, que perderam a decisão de 2008 para as brasileiras. Enrolei, enrolei, e ainda não falarei a origem da minha preocupação, não é?

Pois bem, fique angustiado ao ver a norte-americana Hooker, oposto do Sollys Osasco, ser o nome do jogo na final da superliga feminina no último sábado, dia 14, contra o Unilever Rio de Janeiro. Sozinha, ela fez 20 pontos, ou seja, decidiu praticamente um dos três sets vencidos pela equipe de Osasco.

E olha que do outro lado estava a equipe que mais títulos acumula na superliga nos últimos anos e que é treinada pelo tarimbado Bernardinho, técnico da seleção feminina. Sim, me deu desespero ao ver que estrelas como Sheila, Mari, Juciely, Fabi e Carol, potenciais integrantes do Brasil em Londres, não conseguiram conter a tal da Hooker.

Claro, do outro lado, no time campeão do Sollys, estavam Fabíola, Jaqueline, Tandara, Adenízia (que fez um partidaço) e Camila Brait, também selecionáveis, mas o jogo não podia ser o massacre que foi: 3 sets a 0 para o Sollys Osasco, com largas parciais de 25/14, 25/18 e 25/23.

Ainda falando de seleção, a masculina também não me deixa muito seguro de pódio olímpico em Londres, embora tenhamos atletas em excelente fase como o Wallace, do Sada Cruzeiro. Porém, a bola da vez está pelas bandas do Vôlei Futuro, de Araçatuba, que enfrenta o Sada na final do próximo sábado.

E aí mora o problema: quem joga no time? Ricardinho (o Bernardinho não convoca mais), Lorena e Mário Júnior (que de vez em quando aparecem na seleção). E quem o Vôlei Futuro derrotou nas semifinais? O Rio de Janeiro, onde jogam os selecionáveis Marlon, Théo, Dante e Lucão.

Diante desse quadro duas sentenças: o vôlei brasileiro pode estar em um momento de renovação de craques, o que seria ótimo; mas também as escolhas de Bernardinho e Zé Roberto podem estar equivocadas. É meio preocupante, não acha, meu amigo do esporte?

Foto: Confederação Brasileira de Vôlei

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Acho que teremos mais de 277 atletas em Londres

Particularmente, recebi com surpresa na quarta-feira, 28 de março, a avaliação do superintendente executivo de esportes do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Marcus Vinicius Freire, de que o Brasil não igualará, em Londres, o número de 277 atletas que representaram o país em Pequim 2008.

Freire disse que o COB trabalha com a perspectiva que 250 atletas representarão o Brasil em Londres, “gostaríamos de ter uma expectativa maior, mas temos que ser realistas”, afirmou, complementando que “faltou tempo para que pudéssemos nos organizar e esperar resultados melhores”.

Bom, Freire analisa a coisa da parte estratégia e está correto, mas felizmente o esporte nos surpreende. Uma dessas surpresas aconteceu no último sábado, dia 31, quando o mineiro Jonathan Henrique Silva, de 21 anos, obteve índice para a olimpíada na prova de salto triplo, conseguindo a segunda melhor marca de 2012.

Os 17 metros e 39 centímetros, 19 centímetros acima do necessário para ir a Londres, obtido por Jonathan rendeu elogios até do experiente Nélio Moura, que treina a campeã olímpica Maurren Maggi.

Já são 166 atletas classificados e eu acredito que passaremos os 277. Em que me baseio pra isso? Realmente não tenho uma resposta concreta a dar é mais intuição de que o esporte brasileiro evoluiu em quatro anos. Acho inclusive, que conseguiremos superar a quantidade de 15 medalhas alcançadas em Pequim 2008.

quarta-feira, 7 de março de 2012

O incansável Hugo e as renovadas esperanças do tênis de mesa

Pela sexta vez consecutiva, Hugo Hoyama vestirá o uniforme olímpico brasileiro. Na segunda-feira, dia 5, ele se garantiu para Londres 2012 ao ficar com o vice-campeonato no Latino Americano de Tênis de Mesa, disputado no Rio de Janeiro.
Aos 42 anos, o veterano mesa-tenista iguala o feito do velejador Torben Grael como recordista de participações olímpicas e não se vê com muitas chances de participar da olimpíada Rio-2016. "Sempre falo que vou continuar treinando, mesmo após Londres. Enquanto eu me sentir bem para representar o Brasil e tiver condições de competir, vou tentar ajudar meu país. Mas acho que fica um pouco difícil para mim os Jogos do Rio, em 2016", comentou ao site GloboEsporte.com.
Além de Hugo, o Brasil contará em Londres com a experiência de Lígia Silva, 31 anos, Gustavo Tsuboi, que está no auge da carreira aos 26 anos e com a juventude de Caroline Kumahara, 16 anos. Os quatro competem nos jogos individuais e o Brasil jogará ainda a competição masculina por equipes. O terceiro atleta do time masculino ainda será escolhido, mas a vaga ficará entre Thiago Monteiro e Cazuo Matsumoto.
Até hoje o tênis de mesa brasileiro não tem medalhas olímpicas. O melhor resultado foi obtido justamente por Hugo Hoyama em Atlanta 1996, 9º lugar.
Com a classificação dos quatro mesatenistas e a confirmação da vaga de Renzo Agresta, da Esgrima, por colocação no ranking da modalidade, a delegação brasileira para Londres já está em 160 atletas.